terça-feira, 17 de novembro de 2009

Transporte Público e a periferia...




Prefeito Kassab já prevê para 2010 aumento da tarifa de ônibus, embora tenha prometido três anos sem reajuste.
De acordo com dados do "SP em Movimento" vinculado à Prefeitura do Estado de São Paulo, em setembro de 2009, 14.809 ônibus e microônibus circulam pela cidade de São Paulo. Mesmo com essa estatística, é caótico depender de transporte público, em horário de pico principalmente, com destino à periferia. A concentração populacional por m2 é bem mais intensa, portanto, seria justo disponibilizar mais linhas para estes locais. O que existe hoje, seguramente, não atende de forma adequada toda demanda.
Mesmo com a implantação do Bilhete Único, maior legado que a gestão da ex-prefeita Marta Suplicy deixou para a cidade, com 81,6% integrações gratuitas que são feitas, o setor de transporte público ainda representa um problema, longe de ser solucionado.
De acordo com matéria publicada pela Revista “Cidades do Brasil”, em setembro de 2004, “a mobilidade urbana é uma questão crucial no desenvolvimento das grandes cidades brasileiras, que afeta não somente a qualidade de vida dos moradores, mas, ainda desequilibra a economia e acentua a exclusão social. É preciso fazer com que o transporte público de qualidade, seja um direito essencial mantido para todos”. A matéria ainda propõe, uma democratização do uso do espaço coletivo.
Mesmo com a inauguração do "Novo Terminal Campo Limpo", no último dia 31, e com o projeto do protótipo de ônibus movido a etanol, que reduz em até 90% a poluição emitida pelos modelos tradicionais, e que será testado para verificar a economia no combustível e futuramente utilizar essa tecnologia, ainda assim estamos longe de solucionar a questão.
Depender do transporte público chega a ser desumano.

E você? O que acha disso?

7 comentários:

  1. Querida Jornalista

    A foto e a matéria nos surpreende,pois lembra muito o transporte publico da Índia. É inacreditável.E bizarro!

    Meus parabéns pela veracidade.
    Isaías

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  2. Eu rodo muito por são Paulo,, numca vi nem emparelheiros dificuldades igual a esta foto
    São Paulo é considerado bom o nosso transporte coletio.
    Não somos a Bélgica nem o Canadá, mas não precisamos aceitar placidamente
    o caos urbano absoluto. Por outro lado, no contexto da América
    Latina, o Brasil é invejado pela estrutura de transporte público, com empresas
    de ônibus organizadas, atuação das prefeituras, concessões que funcionam.
    Apesar de todas as precariedades e erros, o Brasil é único país da América
    Latina que tem o sistema de transportes estruturado. Não somos a Bélgica, mas
    também não somos a África. Contudo, podemos chegar a ser. Do ponto de vista
    do atendimento dos serviços públicos, não alcançamos uma dianteira tão grande
    a ponto de não temer essa possibilidade. Na África do pós-colonialismo,
    ocorreu uma reversão no transporte público que atende a periferia. Hoje, lá,
    cada um compra a sua van e faz o que bem entender. E, no Brasil, temos atração
    por esse tipo de solução, que gera problemas da utilização indiscriminada
    das peruas, agravando a informalidade e a desregulamentação.

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  3. Olá amigos,

    A foto é apenas ilustração. Moro na periferia e falo com conhecimento de causa. Os ônibus e lotações, estão em ótimo estado de conservação porém, são insuficientes para atender toda demanda.
    Mas, houve melhoras...no passado já foi bem pior.
    Agradeço pela participação.
    Abraços, Fernanda pautajornalistica.blogspot.com

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  4. Oi Fê, tudo bem?
    Voltei, estava viajando....
    Obrigado pela preocupação, tenha uma ótima quarta feira!!!

    Bjss

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Pois eu achei a foto indiana incrível, e foi uma tremenda sacada colocá-la ilustrando a matéria.

    Ficou bem clara a intenção da autora de chamar a atenção do leitor com humor, para uma realidade que ainda pode ser nossa também...

    Enquanto transporte público for culturalmente uma "coisa de pobres", ninguém cuidará dele.

    Pois as pessoas que podem fazer a diferença, têm na garagem dois carrões com finais de placas diferentes; blindados e refrigerados; para escaparem do rodízio, dos ladrões e do calor.

    Nas cidades mais desenvolvidas do mundo, ricos e empresários vão para o centro de metrô e ônibus, junto com os trabalhadores.

    No Rio, Pereira Passos e Carlos Lacerda tentaram implantar os modelos de bairros dormitório, interligados com estações ferroviárias, em linhas diretas em direção à Central do Brasil.

    Assim o trabalhador de qualquer área da região metropolitana e da periferia chegava em casa em menos de 45 minutos.

    Mas o sucateamento da RFFSA,e a demora na privatização do setor ferroviário de transporte de passageiros desacreditaram o brilhante conceito, que nunca mais foi retomado por político algum.

    Acho que o problema já é tão crônico, que o caminho para a solução passa por algo bem radical; como limitar o número de veículos por residência ou família; aumentar os impostos que incidem sobre veículos de passeio, e tirar de circulação carros com mais de 10 anos...

    Assim abre-se espaço nos corredores urbanos para mais linhas de ônibus,e o transporte coletivo vira prioridade dos políticos...

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  7. Mallet,

    Adorei seu raciocínio! Difícil mesmo achar uma solução viável e você apresentou alternativas interessantes.
    Mas, limitar o número de carros por residência? Humm...dessa não gostei(risos).
    Vi em um canal de TV (não lembro qual pois, faz tempo), que a solução seria construir viadutos da altura de prédios com mais de 20 andares.
    Ou ainda avenidas e estradas subterrâneas.
    Valeu pela participação.
    Bjs, Fê

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