Começar de Novo
O Projeto “Começar de Novo”, Iniciativa do (TJAC) Tribunal de Justiça do Acre e do Instituto de Administração Penitenciária do Estado (Iapen-AC), tem por objetivo inserir e capacitar presos que cumprem pena em presídios, para o mercado de trabalho.
Atualmente, embora estudos não sejam precisos, o índice de reincidência, dos que voltam à vida do crime é alto, aproximadamente 60 a 70%, o que reflete diretamente nas estatísticas de segurança pública.
Funciona como um conjunto de ações voltadas à sensibilização de órgãos públicos e sociedade civil, com o propósito de coordenar, em âmbito nacional, propostas de trabalho e de cursos de capacitação para presos e egressos do sistema carcerário, de modo a concretizar ações de cidadania.
Do Complexo Penitenciário Dr. Francisco D’Oliveira, dez reeducandos, como são chamados também os que se encontram em regime semi-aberto, começaram a trabalhar na semana passada na área administrativa do Poder Judiciário.
Diretor-presidente do Iapen, Leonardo Carvalho, considera a parceria institucional com o Tribunal um avanço social. "Vocês fazem parte de um projeto que poderá ser um exemplo para outras instituições e para todo Brasil. São 10 pessoas que poderão multiplicar-se por 100 e assim por diante, pois a idéia é ampliar as chances de trabalho para pessoas que estão em processo de reintegração à sociedade", afirmou.
Antonio José de Souza Andrade um dos reeducando, comentou a respeito do significado do momento. "Este é o grande dia da minha vida. Vou poder trabalhar, e mostrar a minha família e à sociedade, o meu valor, que posso ser digno e feliz. Só temos que agradecer por essa oportunidade, que é tudo o que precisávamos para voltar a viver", analisou.
Convênio tem duração de um ano, mas poderá ser prorrogado, prevê que os detentos recebam, pela jornada de 40 horas semanais, um salário mínimo e vale-transporte. Também deverão comprovar freqüência ao trabalho, além de passarem por avaliação mensal sobre desempenho, que será realizada pelos setores onde deverão atuar.
Tribunal investirá na execução do projeto, a soma de aproximadamente R$ 80 mil. Já o Iapen concederá uma equipe de assistentes sociais e psicólogos, que darão suporte para reintegração dessas pessoas ao trabalho formal.
Estão envolvidos no projeto presos, egressos do sistema carcerário, cumpridores de medidas e penas alternativas, organizações não governamentais, gestores públicos, empresas privadas, magistrados, associação de classes e conselhos de comunidade. O objetivo é promover a cidadania e disseminar valores éticos, morais, por meio de atuação institucional efetiva.
A meta é reduzir a taxa de reincidência no mínimo para 20%, no primeiro ano, mantendo-a nesse patamar nos anos seguintes – monitoramento trimestral. E oferecer cursos ou trabalho, a 10% da população carcerária, em cada Estado. Aumentar 10% a cada ano, de forma gradativa.
Mais informações:
www.cnj.com.br
Acho também que é um avanço social. Não se pode ignorar a existência dessa massa de pessoas que ocupam os presídios e que voltarão ao convívio social sem trabalho, sem condições de sobrevivência, sem dignidade. Trabalho é dignidade!
ResponderExcluirBjs!
Claudinha,
ResponderExcluirObrigada pela participação! Sim, o homem só se sente digno, se conseguir prover o próprio sustento e isso só é possível através do trabalho. E isso deve começar dentro dos presídios mas, deve ter continuidade quando o indivíduo estiver em liberdade.
Integrar o preso à sociedade, sem preconceitos! Oportunidade...é o que eles necessitam e não encontram.
Grata pelo comentário!
Fê