Tudo estava acabado. Estava para sempre separada dos vivos
...Não sei por quantas longas horas fiquei assim. Havia esperado que minha agonia seria breve e que uma pronta asfixia me aniquilaria e com ela minhas sensações e minha existência. Mas, estava enganada. Não podia fazer nenhum movimento, meu coração não batia mais, meu peito não era movido por nenhuma inspiração e, entretanto, eu vivia! Porque eu sofria? Eu vivia! Minha inteligência e minha memória não haviam perdido nada de sua energia...
No século XIX, anualmente, 2700 pessoas eram enterradas vivas na Inglaterra.
Estranhas marcas na madeira, arranhões, cadáveres fora do lugar, mãos mordidas, esses eram os sinais que evidenciavam o sistema falho de identificar o momento exato e preciso da morte.
De todos os soldados norte-americanos mortos no Vietnã, pelo menos 3% dos esquifes apresentaram essas características.
"Os enterrados vivos" escrito pelo médico Dr. Péron-Autret é uma sequência de relatos, de quem passou por experiências incertas da morte.
Vale a pena conferir!
Livro Os enterrados vivos
Autor - Dr. Péron-Autret
Editora Record
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