quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver, o que virá...


"O fim dela ninguém sabe nem ao certo onde vai dar. Sem pedir licença muda nossa vida e depois convida a a rir ou chorar"

Mais uma vez a novela, um dos principais meios de entretenimento da população, cumpre seu papel social ao abordar temas polêmicos, como é o caso da personagem de Alline Moraes em "Viver a Vida" que após, sofrer um acidente de carro, torna-se tetraplégica.
Jornal JT através da matéria de Ana Carolina Rodrigues, dedicou uma lauda completa ao tema.
Como se adaptar a um novo e inesperado estilo de vida? Como mudar a rota dos seus sonhos e ideais? Como vencer limitações que uma cadeira de rodas, a princípio, impõe? Como aceitar ser parcialmente dependente de outras pessoas?
Assim como num parto, que o corpo feminino, por mais que ainda não tenha parido, sabe exatamente como deve se comportar para expulsar o feto de seu ventre, creio que pessoas que passam por essas experiências, aprendem com a "dor" o que fazer para superar certas limitações e se adaptar a uma realidade até então desconhecida. Enfrentar a vida exatamente como ela se apresenta e ainda assim, decidir seguir, de forma digna e feliz.

Isso me faz lembrar do livro de Luciana Scotti "Sem Asas ao Amanhecer", de lacrimejar os olhos por sinal, uma garota que aos 22 anos é vítima de um AVC (Acidente Vasculhar Cerebral) após, a combinação perigosa de anticoncepcionais e cigarro, que até então ela desconhecia, e que a deixa tetraplégica e muda (desconheço o termo específico para deficientes da fala). E não vou contar o restante pois, quem tiver interesse serve como indicação de leitura. Vale muito a pena!
Ou ainda de João Carlos Pecci, irmão do cantor Toquinho. Em "Minha profissão é andar", ele relata todas as tentativas, barreiras psicológicas e físicas, bem como os progressos lentos mas, gradativos por qual passou após, um acidente automobilístico que o deixa tetraplégico.
E tantos outros casos que podemos citar como, Herbert Vianna do grupo "Paralamas do Sucesso", Marcelo Rubens Paiva autor de "Feliz Ano Velho" ou ainda Marcelo Yuka ex-integrante do "Rappa". Se é karma ou destino, não sei. A única certeza que tenho é que eles foram enviados por Deus para serem exemplos de superação para todos nós.
E ainda reclamamos que temos problemas...

4 comentários:

  1. Entrevista com a jornalista Dimara Oliveira no nosso blog, dando sequencia ao nosso quadro, das mulheres no futebol. Desde já agradecemos.

    ResponderExcluir
  2. O seu post é muito importante pois chama a atenção para um fato que não podemos tapar os olhos na nossa sociedade. Acredito que a novela, como meio de comunicação de massa, faz um bom trabalho ao se utilizar da ficção para abordar temas tão pertinentes da vida real e assim nos fazer refletir, ter empatia e porque não mobilizar resoluções. Posso parecer ingênuo por essa parte da resolução, mas é verdade, a dimensão que algo assim numa novela exibida em um canal como esse e em horário ``nobre`` é muito grande. Com certeza, alcança muito gente e certamente vira noticia, o que por sinal faz com que representantes da politica ou outros segmentos pensem em formas de resolução para os problemas enfrentados por pessoas com alguma deficiência fisica ou mental.

    Acredito que seja uma ótima oportunidade fazer uma resenha do livro ou um post de indicação pois o tema merece.

    ResponderExcluir
  3. Seu texto é pra parar e refletir, com certeza!

    Às vezes vivemos nossas vidas com aqueles problemas de sempre - uns dias bons outros ruins -, mas vamos levando. Não é nada diferente do que acontece com meu vizinho.
    Então, algo explode. Pior, de onde menos se espera. Pega você de jeito, dá uma sacudida tão forte que deixa uma marca que vai durar a vida toda!
    Eu sei bem como é esse pesadelo de ter que se adequar ao novo - aquele aparentemente ruim e onde vc é forçada, não foi uma opção sua.
    Mas acredito que tuuuuudo tem um motivo pra acontecer, sabe? E mais: as coisas ruins pelas quais passamos, pra mim, são lições da vida... pra vc parar e ver mais que seu próprio mundo, talvez!
    O que sei é que isso não muda completamente só a vida de quem é afetado diretamente, mas toda a família começa a viver de maneira diferente.

    Amei o blog!
    Abraços,
    das

    ResponderExcluir
  4. Pessoas,

    Agradeço pelas participações!

    Equipe Esporte Total
    Gostei da entrevista com Dilmara e até admirei o
    nível de conhecimento que possui. Ela domina mesmo o tema. Inclusive deixei uma pergunta p/ ela responder. Na verdade...uma dúvida q tenho!
    Abraços, Fernanda

    Marcus,

    É verdade! Ao abordar um tema tão polêmico, geralmente os autores mostram não apenas a questão da superação e adaptação, bem como os problemas que portadores de necessidades físicas e psicológicas possuem, na rotina mesmo. Cabe aos dirigentes, tomarem as providências pertinentes.
    Grata pela participação, Fê

    DAS,

    Seu comentário me fez lembrar um trecho de uma música (tudo na minha vida é música...risos) do grupo Pixote "a vida dá um toque e a gente tem mais é que aprender". É isso aí. Temos que superar limitações sempre!
    Valeu pela participação.
    Abraços, Fê

    ResponderExcluir