quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A polêmica do Bolsa Família

Até que ponto este programa tem eficâcia no combate à pobreza no Brasil?
Alguns críticos consideram apenas como estratégia petista, para garantir votos para as próximas eleições. Outros alegam que enquanto não houver um controle rigoroso de natalidade, como ocorre em países como China, Japão, Rússia, Suécia, Estados Unidos, Luxemburgo, Itália, Alemanha e França, o Bolsa Família, não vai atingir o objetivo almejado, que é proporcionar os direitos básicos como saúde, alimentação, educação e assistência social.
De acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o Brasil está envelhecendo rapidamente, em 2050 o país terá 14 milhões de pessoas com 80 anos ou mais.
A emancipação, inserção das mulheres no mercado de trabalho, custos econômicos, emocionais e dedicação excessiva, são alguns dos fatores que levaram as famílias de classe média e alta optarem por um menor número de filhos (menos ou até 2). Já na classe baixa ou aqueles que se encontram abaixo da linha de pobreza, não se nota esse tipo de comportamento.
Como lidar com o envelhecimento populacional do país e ao mesmo tempo adotar um controle rígido de natalidade? A solução seria incentivar um maior número de filhos em famílias estruturadas financeiramente? E aplicar políticas públicas sociais objetivando reduzir o nascimento em grupos, que se encontram em vulnerabilidade social? Difícil responder a questão, pior ainda é achar uma solução para o problema.
O Bolsa Família resolve parte do problema de uma forma imediatista. Mas, fica claro que a longo prazo não terá muita efetividade no combate aos problemas sociais do Brasil. Não adianta apenas fornecer uma quantia mensal, sendo que muitas crianças irão crescer sem ter acesso a uma educação de qualidade, e no futuro, terão dificuldades em ingressar no mercado de trabalho.
Em contrapartida, em regiões brasileiras onde vivem milhares de famílias na seca, sem ter onde trabalhar e em situação de completa escassez, o Bolsa Família tem sido a única salvação. Ávidos pelo dia em que receberão o benefício, muitos o utilizam para comprar alimentos. Quando o recurso acaba (o valor é insuficiente para o mês inteiro) eles sobrevivem apenas de mingau, feito a base de água com farinha.
Se por um lado o programa tem recebido muitas críticas, por outro tem sido a esperança para milhares de pessoas. Atualmente atende 11 milhões de famílias em todos os municípios brasileiros.

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