domingo, 31 de outubro de 2010

Dilma Rousseff ganha eleições 2010!

Dilma Rousseff
PRESIDENTA DO BRASIL (2011/2014)

A candidata petista Dilma Rousseff entra para a história política brasileira, ao ser a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente do país.
Após, uma campanha conturbada, já que a vitória era aguardada no primeiro turno e contrariando estatísticas dos institutos de pesquisas, a disputa ao pleito só não foi decisiva devido ao bom desempenho de Marina Silva (PV), com participação significativa representados pelos 20% dos votos de opinião, o que a levou junto com José Serra (PSDB) ao embate para o segundo turno.
Dilma e sua equipe tiveram que administrar temas como o escândalo na Casa Civil, que envolveu a ex-ministra Erenice Guerra, a questão do aborto que repercutiu de forma negativa e abriu margem para discussões religiosas entre a igreja católica e outros segmentos conservadores além, das críticas pelo apoio irrestrito do Presidente Lula em sua campanha.
Dilma Rousseff foi eleita, dia 31 de outubro de 2010, com aproximadamente 56% dos votos, o que representa 55.566.528 do eleitorado brasileiro.



quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Retrospectiva...Eleições 2010!


O que presenciamos na eleição 2010 foi um bate/rebate entre candidatos e pouca objetividade. Há apenas três dias da decisão que irá eleger o novo Presidente da República, dúvidas ainda pairam no ar. É possível exercer o poder de cidadania, através de um voto consciente, com a campanha que tivemos? O horário político, os debates e notícias vinculadas nos meios de comunicação, foram suficientes a ponto de esclarecer a população em relação às propostas de governos dos candidatos ao cargo?

A resposta é não! E quem confirma isso não é apenas a blogueira fiasco que escreve agora. A desconfiança se concretizou assim que li a edição da Revista Época, publicada no último dia 25 deste mês, na matéria principal “O Brasil de Serra e o Brasil de Dilma”. Pensei que talvez fosse uma limitação minha em relação ao tema, mas, percebi tratar-se de um cenário geral.

A revista fez um levantamento para responder aos leitores, quem apresentava questões mais viáveis nas áreas de desenvolvimento social e econômico, educação, pré-sal, infraestrutra e descobriram que além, da pancadaria eleitoral, as respostas para essas perguntas só existiam nas promessas pois, até o fechamento da edição, nenhum dos partidos havia divulgado de fato, o programa de governo.

No horário político, destinado para apresentação dos candidatos e seus projetos, o que prevaleceu foram trocas de farpas. Creio que para os telespectadores, assistir o espaço obrigatório, foi maçante e não muito esclarecedor. Utilizando o conhecimento dos profissionais de marketing político, será que já não é hora de propor uma estratégia diferenciada e mais moderna no formato desses programas?

Marina Silva exemplificou essa situação ao declarar em seu Twitter (creio que não é fake), que era melhor descer do ringue e subir no palanque, em referência ao debate ocorrido no último dia 10.

O fato do Presidente Lula não se posicionar com neutralidade, declarar abertamente seu apoio a sua sucessora Dilma e participado de seus comícios, teria sido esse o estopim para se instaurar o clima de disputa/ataque?

Marina após, ter conquistado um resultado surpreendente, 20% dos “votos de opinião” no primeiro turno, e sua decisão em não oferecer apoio a nenhum dos candidatos, teria sido a outra ponto do iceberg da guerra eleitoral? A conquista de seus eleitores é almejada e terá peso de definição na disputa ao pleito.

O ataque de alguns militantes contra Serra, no episódio da bolinha de papel e do rolo de bobina, impedindo a continuidade de sua passeata e fomentando a violência, foi uma selvageria, porém, utilizada como estratégia para favorecer e vitimar o candidato, ao ser explorado ao máximo em sua campanha.

Confesso que para nós eleitores ou para uma grande parcela, falta empenho em participar de forma ativa da vida política do nosso país. É verdade que no Brasil não existe um hábito cultural de se engajar e discutir nas escolas ou mesmo em casa, o que torna o tema complexo para muitas pessoas. Além, disso falta interesse da população. Precisamos repensar a forma de se fazer política para que tenhamos um Brasil mais consciente, um dirigente escolhido com critério e menos pontos de interrogação.

sábado, 9 de outubro de 2010

Uma visão sobre a morte!

“Morrer aqui é como nascer em outro lugar”

Na visão espírita a morte é apenas uma passagem para o mundo espiritual. Liberto de sua “vestimenta” carnal, o invólucro que lhe pesa de apegos materiais, doenças e vícios, o espírito se liberta e inicia sua nova jornada. A terra nada mais é que um mundo de expiações, provações e aprendizado. A verdadeira felicidade inicia-se após, a morte física do corpo. 

Mesmo para quem crê nessa versão reconfortante da morte, encará-la ainda assim, constitui em um processo doloroso de aceitação. 

Os ritos fúnebres que antecedem a despedida são mórbidos e revestidos de alta carga emocional. Mas, necessitamos passar por todas essas etapas, caso contrário, não há finalização. Choramos a ausência, relembramos os momentos, indagamos o que fizemos e poderíamos ter feito por aquele ente, velamos o corpo e durante esse processo, ocorre certa aceitação é como se passássemos a entender que de alguma forma, os laços terrenos foram rompidos. 

O Budismo e as religiões afro-descendentes apostam na imortalidade do espírito e na continuidade da vida, já parte do Judaísmo crê na reencarnação. Mas, independente do credo doutrinário, o luto é difícil de ser digerido. Não ter a presença física de alguém, causa uma imensa sensação de vazio e dor. A morte deveria ser encarada com mais naturalidade, já que é uma certeza, mas, desestrutura e gera sofrimento. Embora saibamos que um dia todos nós teremos nossa hora de partir, psicologicamente não nos preparamos para isso, negamos essa etapa. 

A vida para alguns têm início, meio e o fim, já para outros não necessariamente essa seqüência que poderíamos chamar de lógica, que consiste no nascer, crescer, reproduzir, envelhecer e morrer acontece da forma como achamos que deveria ser. Quando ocorre essa inversão, quando se morre ainda criança, adolescente ou na fase adulta, a aceitação torna-se mais complexa, pois, lamentamos o que a pessoa deveria ter vivido e não viveu. O mesmo acontece quando o fim é trágico ou repentino. 

A escolha do tema foi por ter vivenciado essa situação, quando um dos meus irmãos foi assassinado aos 16 anos de idade, vítima de um assalto. Em busca de uma explicação para o meu não conformismo, achei no espiritismo, embora não seja considerada uma praticante, o conforto para minha dor. Passei a acreditar que seu destino era realmente este, que sua missão na terra era breve e que ele foi, porque era mesmo sua hora. Não sou fidedigna a doutrina, há pontos de discordância mas, é a que mais me identifico. 
Partindo desta premissa, certa vez conversando com um sábio senhor que perdera seu filho ainda jovem, ouvi: “morrer aqui é como nascer em outro lugar”. Quem assistiu ao aclamado filme “Nosso Lar”, sucesso de bilheteria nos primeiros dias de lançamento, consegue ter uma idéia da imortalidade do espírito e a continuidade da vida, do lado de lá. Se é exatamente da forma como pregam os espíritas, não sei, a única certeza é que a morte ainda é um lugar inacessível para os vivos, portanto, um enigma.

Chico Xavier conhecido como o maior propagador da doutrina, publicou um instigante livro chamado “Jovens do Além”, que reúne uma série de mensagens psicografadas. Nas comunicações mediúnicas, os jovens (mortos por motivos variados) em seus relatos, trazem uma série de particularidades que o médium jamais teria acesso. Relatam nomes e apelidos, datas, enfim, fornecem dados que permitem aos familiares atestarem a veracidade da comunicação. 

Bom seria se todos conseguissem um alento através de um contato com alguém que já partiu mas, como o próprio Francisco Cândido dizia “o telefone só toca de lá pra cá”, ou seja, não dependia apenas da vontade dele e sim da evolução espiritual do desencarnado e do merecimento e preparo de quem busca a notícia. 

Grandes catástrofes ocorridas mundialmente como acidentes aéreos, deslizamentos, incêndios, entre outros, em que várias vidas são ceifadas, são explicadas neste contexto não apenas como conseqüência da ação do homem no mundo ou na natureza. O processo é simples, é necessário morrer para poder nascer. E há tempos já se discute o próximo ciclo, que estamos prestes a entrar. Todas essas mortes coletivas são explicadas como a “nova era espiritual”, que se inicia em 2012 e termina em 2030. Já entramos nesse processo de transição, uns partem para o mundo espiritual e outros mais evoluídos chegam com novas visões e aprendizados diferenciados, com o objetivo de equilibrar o planeta terra. É uma promessa de melhorias em vários sentidos. 

Não tenho a pretensão de pregar atos doutrinários. Somos ainda um país laico, eu acredito! Minha intenção é apenas transmitir essa experiência e propor um ponto de vista. Se a morte me afeta? Sim, isso sem dúvida! Existe uma relação curiosa, medimos o amor que sentimentos pela perda de um ente querido, pelo tamanho da nossa dor. Por isso prefiro acreditar que “morrer aqui é como nascer em outro lugar”.

Uma homenagem a todos que já partiram e com a esperança que um dia, talvez iremos nos encontrar!!!