quarta-feira, 19 de maio de 2010

Gorda, Feliz, Sexy e Realizada!

Belita não guarda boas recordações de sua adolescência. Vieram as espinhas, o famoso "chico", aquele fogo que vem subitamente e ela fingia nao saber de onde, a expectativa do primeiro beijo “humm será que estico a língua, será que enrolo, deixo parada”?
Mas, sua maior vontade era de nhanhar, devia ser um treco bom! Todo mundo gostava do vulco vulco. Perdida em devaneios, suas noites se transformavam rapidamente em dia. Tic Tac...00h00 será que vai doer? Tic tac 01h00 com quem vai ser?
Junto com a puberdade vieram quilos e mais quilos. Tudo nela começou a ganhar proporções gigantescas, muito peito, muita bunda, muita perna mas, também muita barriga, culote, celulite, estria. Um show de excessos!
Belita se destacava não apenas pelo rosto harmonioso, de traços finos, menina faceira e graciosa, sabia que sua simpatia contava muitos pontos a favor. Sempre soube que tinha borogodóóó de sobra!
“Óh senhor, como sofro! De que vale minha beleza num corpo tão gordo?
E junto com as mudanças hormonais, as crises de choro, a vergonha de encarar os amigos. Em questão de meses passou do manequim 36 para o 52.
Apelou para todos os recursos, bebia água morna em jejum, mas, tudo que conseguiu foi uma ânsia brava pela manhã, batia a pança contra a parede e dizia: me dê sua barriga que eu te dou a minha, entrou em um regime rigoroso, 500 calorias diárias, o resultado? Súbitos desmaios!!!
Até o dia que decidiu que já era hora de procurar um psicólogo. Não sonhava mais com beijos, nhanhar então? Fora de cogitação! Seu vocabulário continha apenas palavras derivadas de gordura: balança, regime, perder peso ou morrer! Talvez seria mais fácil ser gorda no além, no paraíso ou no vale dos suicídas...
Coincidência ou destino? Sua psicóloga...pasmem! Era obesa também.
Durante meses de tratamento, pouco a pouco resgatou sua auto-estima e se redescobriu como mulher. Se assumiu como gordinha, renovou seu guarda-roupa com peças bem modernas e transadas e começou viver   plenamente o que lhe restara de sua adolescência.
Antes de receber alta das sessões de terapia, sua psicóloga que escolhera essa profissão por ter vivido os mesmos dramas que sua paciente, lhe recomendou a "ONG – Gorda, Feliz, Sexy e Realizada"!
Belita formou um círculo de amigas, literalmente de peso, que organizavam festas, viagens, passeios e baladas. Essa galerinha conhecia vários rapazes, que só namoravam gordinhas. Eles gostavam de carne, abundância, fartura e desfilavam orgulhosos com suas parceiras.
E foi assim, que iniciou sua vida sexual. Teve vários namorados, beijou muitoooo, nhanhou mais ainda. Hoje se orgulha dos quilos a mais que possui e nunca mais pensou em dieta, nem se depreciou como mulher.
Suas amigas da época do colégio, não se conformam com o sucesso que ela faz. Mal termina um romance e já engata outro. Um homem mais lindo que o outro!
Gordinha, com borogodó e só no vulco vulco né Belita?


Esclarecimentos
Isso que acabo de escrever é uma tentativa de crônica, portanto, Belita é uma personagem fictícia. Porém, me inspirei em fatos reais para compor o texto. Conheço um grupo de gordinhas assumidas. Elas são felizes, sensuais e realizadas!

Quer ler ótimas crônicas? Acesse: http://grooeland.blogspot.com

domingo, 16 de maio de 2010

Eu li e indico...Souad Queimada Viva

Nasceu mulher, motivo forte o suficiente para representar um fardo para a família, sobrevivente de uma cultura arcaica e opressora, foi queimada viva para fazer jus ao “crime de honra” que impera em sua aldeia. Essa é a história de Souad, ela é uma muçulmana! 
Nunca freqüentou uma escola, somente os homens têm direito à educação, não teve infância, já que desde criança cuidava dos animais e auxiliava na colheita da lavoura e sofria constante violência doméstica por parte do pai. Sem autorização de sair à rua, exceto acompanhada por alguém mais velho, proibida de dirigir a palavra ou olhar diretamente para um homem, essa não foi apenas sua realidade, mas, de todas as mulheres de sua comunidade. 
Criadas com apenas um intuito, casar, ser boa esposa e parir filhos, principalmente homens. As do sexo feminino, embora não seja motivo de orgulho e alegria, são necessárias para servir os pais e no futuro, o marido. Porém, não mais de três, caso contrário, são sufocadas ou estranguladas logo após, o nascimento. 
Na adolescência, a mando da família, atearam fogo em Souad por ter engravidado ainda solteira, de um rapaz que lhe prometera casamento. 
Muitas mulheres são queimadas vivas por motivos torpes (conversar com um homem, deixar a mostra alguma parte do corpo, etc), sob alegação de “acidente doméstico”. Como o que impera é a “lei dos homens”, muitas morrem ou simplesmente desaparecem na clandestinidade. Ela foi uma sobrevivente e conhecer sua história só foi possível, devido à ajuda humanitária que a resgatou quase sem vida, com a parte superior do corpo e parte do rosto desfigurado, para receber tratamento adequado na Europa. 
Souad cresceu enclausurada por costumes e tradições medievais, em que o valor feminino está reduzido praticamente a nada. Maltratadas, humilhadas e levando vidas degradantes, muitas não tem consciência do grau de sofrimento que se submetem pois, desconhecem seus direitos como ser humano. Impedidas de estudar, de ter contato com as evoluções do mundo, essas mulheres sequer tem discernimento para se livrar ou denunciar atos tão bárbaros, que são como “herança”, passam de geração em geração. 
Embora autoridades locais já reconheçam esse tipo de crime e investiguem casos de violências extremas, a estatística anual, em 2003, época de publicação da obra, era de aproximadamente seis mil casos de “crime de honra”, em regiões do Paquistão, Oriente Médio e Turquia.
É válido ressaltar, que nem todas as muçulmanas vivem sob esse regime desumano e discriminatório. Não se sabe ao certo de onde surgiu essa tirania, que infelizmente ainda impera e reduz o valor feminino, já que no  "alcorão", livro sagrado do islamismo, existem passagens evidentes que demonstram ambos os sexos como seres igualitários perante Deus.
A mulher muçulmana nos dias atuais 

Tudo que se refere aos muçulmanos desperta interesse não apenas da mídia, como de toda sociedade. Em pleno século XXI, após, tantas conquistas de movimentos feministas, é no mínimo exótico, a vida que levam essas mulheres. A submissão, não exposição do corpo, entre outros aspectos culturais, causam fascínio e informações muitas vezes deturpadas, tornando-as vítimas em relação à sociedade.
Mas, em muitas regiões onde o islamismo está presente, as mulheres galgaram importantes conquistas e participam de forma ativa da vida política, ocupam cargos de destaque no mercado de trabalho, tem direito ao divórcio, divisão de bens, ou seja, tem todos os direitos civis assegurados.

Souad - Queimada Viva! Eu li e indico...

terça-feira, 4 de maio de 2010

Alguém precisa de você...seja um voluntário CVV

CVV- Centro de Valorização da Vida necessita ampliar seu quadro de voluntários e realizará nos dias 15 e 16 de maio, das 13h às 19h, um curso gratuito para seleção de candidatos. O código de conduta que inclui respeito, anonimato, não julgamento e completo sigilo, bem como a filosofia da entidade, serão os tópicos abordados.
Não é exigido nenhuma formação profissional específica, pois, não são feitos diagnósticos nos atendimentos. Trata-se de um apoio emocional, uma técnica que consiste em dar atenção e calor humano, para quem encontra-se em um momento de desespero.

As inscrições podem ser feitas:

Posto Samaritano Abolição
Rua da Abolição, 411 - Bela Vista - SP
Ou pelo telefone: (11) 3242-4111 (após, às 19h)
Ou via e-mail: samaritanos.abolicao@gmail.com

CVV ganha atendimento via Web

Para ser voluntário do CVVWEB, uma plataforma tecnológica recém-inaugurada, que permite atendimento ao serviço via chat, através do próprio site da CVV, é necessário ter mais de 18 anos, possuir computador com banda larga e disponibilidade para um plantão semanal de 3 horas (a ser realizado na própria residência).
O curso para voluntários do chat será no dia 14 de agosto de 2010 (uma parte presencial e outra virtual).
Clique aqui e preencha seu cadastro: http://www.cvvweb.org.br/voluntariado.html

Conheça a CVV

Fundada em março de 1962, desenvolve há 48 anos, um trabalho de prevenção ao suicídio e apoio emocional, realizados por aproximadamente 2000 voluntários, em 41 postos distribuídos pelo Brasil. 
Atualmente atende 24 horas por dia através do telefone mas, também via cartas, e-mail's, pessoalmente (postos regionais) e via chat (Web).
O decreto de Lei nº 73.348 de 20 de dezembro de 1973, é referente ao reconhecimento do CVV como "Entidade de Utilidade Pública Federal".

Atenção blogueiros: Vamos divulgar essa informação!