Nasceu mulher, motivo forte o suficiente para representar um fardo para a família, sobrevivente de uma cultura arcaica e opressora, foi queimada viva para fazer jus ao “crime de honra” que impera em sua aldeia. Essa é a história de Souad, ela é uma muçulmana!
Nunca freqüentou uma escola, somente os homens têm direito à educação, não teve infância, já que desde criança cuidava dos animais e auxiliava na colheita da lavoura e sofria constante violência doméstica por parte do pai. Sem autorização de sair à rua, exceto acompanhada por alguém mais velho, proibida de dirigir a palavra ou olhar diretamente para um homem, essa não foi apenas sua realidade, mas, de todas as mulheres de sua comunidade.
Criadas com apenas um intuito, casar, ser boa esposa e parir filhos, principalmente homens. As do sexo feminino, embora não seja motivo de orgulho e alegria, são necessárias para servir os pais e no futuro, o marido. Porém, não mais de três, caso contrário, são sufocadas ou estranguladas logo após, o nascimento.
Na adolescência, a mando da família, atearam fogo em Souad por ter engravidado ainda solteira, de um rapaz que lhe prometera casamento.
Muitas mulheres são queimadas vivas por motivos torpes (conversar com um homem, deixar a mostra alguma parte do corpo, etc), sob alegação de “acidente doméstico”. Como o que impera é a “lei dos homens”, muitas morrem ou simplesmente desaparecem na clandestinidade. Ela foi uma sobrevivente e conhecer sua história só foi possível, devido à ajuda humanitária que a resgatou quase sem vida, com a parte superior do corpo e parte do rosto desfigurado, para receber tratamento adequado na Europa.
Souad cresceu enclausurada por costumes e tradições medievais, em que o valor feminino está reduzido praticamente a nada. Maltratadas, humilhadas e levando vidas degradantes, muitas não tem consciência do grau de sofrimento que se submetem pois, desconhecem seus direitos como ser humano. Impedidas de estudar, de ter contato com as evoluções do mundo, essas mulheres sequer tem discernimento para se livrar ou denunciar atos tão bárbaros, que são como “herança”, passam de geração em geração.
Embora autoridades locais já reconheçam esse tipo de crime e investiguem casos de violências extremas, a estatística anual, em 2003, época de publicação da obra, era de aproximadamente seis mil casos de “crime de honra”, em regiões do Paquistão, Oriente Médio e Turquia.
É válido ressaltar, que nem todas as muçulmanas vivem sob esse regime desumano e discriminatório. Não se sabe ao certo de onde surgiu essa tirania, que infelizmente ainda impera e reduz o valor feminino, já que no "alcorão", livro sagrado do islamismo, existem passagens evidentes que demonstram ambos os sexos como seres igualitários perante Deus.
É válido ressaltar, que nem todas as muçulmanas vivem sob esse regime desumano e discriminatório. Não se sabe ao certo de onde surgiu essa tirania, que infelizmente ainda impera e reduz o valor feminino, já que no "alcorão", livro sagrado do islamismo, existem passagens evidentes que demonstram ambos os sexos como seres igualitários perante Deus.
A mulher muçulmana nos dias atuais
Tudo que se refere aos muçulmanos desperta interesse não apenas da mídia, como de toda sociedade. Em pleno século XXI, após, tantas conquistas de movimentos feministas, é no mínimo exótico, a vida que levam essas mulheres. A submissão, não exposição do corpo, entre outros aspectos culturais, causam fascínio e informações muitas vezes deturpadas, tornando-as vítimas em relação à sociedade.
Mas, em muitas regiões onde o islamismo está presente, as mulheres galgaram importantes conquistas e participam de forma ativa da vida política, ocupam cargos de destaque no mercado de trabalho, tem direito ao divórcio, divisão de bens, ou seja, tem todos os direitos civis assegurados.
Souad - Queimada Viva! Eu li e indico...
Olá,
ResponderExcluirTriste não?
Isto tudo é fruto da perigosa relação da política com a religião.
Há algum tempos eu li um livro muito interessante: Mayada, a filha do Iraque. Não se compara com este, acredito. Ao contrário, Mayada é uma sobrevivente.
Obrigada por me fornecer esta informação.Vou tentar ler.Eu digo tentar, pois não sei terei equilíbrio emocional. Me revolto com estas práticas.
Grande abraço.
Puxa, só em ler o breve resumo que voce fez do sofrimento da Souad,ja fiquei muito indignado, imagine se eu ler o resto. Será que tem filme sobre a historia dela?
ResponderExcluirabçs
Credo!Como há mulheres sofrendo no mundo!Fiquei até chateada com a história da Souad.Até quando ouviremos este tipo de coisa?
ResponderExcluirOlá, achei o seu Blog muito bom, bastante interativo e com ótimas informação, também tenho um Blog e ficaria muito grato em trocar-mos informações como seguidores, acesse: worldnovus.blogspot.com
ResponderExcluirObrigado.
Olá, Fernanda,
ResponderExcluireu acho que no futuro os sonhos por que às Souad´s muçulmanas lutarem lhes dará força e saida para este problema tão grave.
Até mais...
Olá Beth,
ResponderExcluirAcho que não deixei muito explícito no texto, porém, Souad assim como Mayada, também é uma sobrevivente.
O livro reserva um final bacana...mas, não quis contar para não estragar o mistério de quem se interessar pela obra.
Leia...vale a pena!
Obrigada pela participação.
Mr. Jones,
Creio que o livro não virou filme. Pelo menos, nunca ouvi a respeito. Quem sabe algum produtor hollywoodiano não se interesse não é mesmo? Seria com certeza, sucesso de bilheteria!
Obrigada pela participação!
Olá Cecília,
Por incrível que pareça, muitas mulheres ainda são vítimas de costumes arcaicos e desumanos.
Em alguns lugares da África...existe a mutilação feminina, que consiste na retirada do clitóris.
Em alguns locais da China...o padrão de beleza é ter pés minúsculos. As mulheres utilizam sapatos que não correspondem ao seu número, e o resultado são pés totalmente deformados. Isso causa uma dor terrível.
Enfim...hábitos culturais bárbaros!
Obrigada pela participação!
Olá NoVus,
Obrigada pela visita. Vou dar uma passada em seu blog e deixar alguns comentários por lá.
Valeu por me seguir.
Grata pela participação!
Olá Edson,
Nem toda muçulmana vive sob esse regime desumano. Obviamente ainda existem casos como o de Souad mas, elas já galgaram importantes conquistas também.
Valeu pela participação!
Fernanda
pautajornalistica.blogspot.com