quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Retrospectiva...Eleições 2010!


O que presenciamos na eleição 2010 foi um bate/rebate entre candidatos e pouca objetividade. Há apenas três dias da decisão que irá eleger o novo Presidente da República, dúvidas ainda pairam no ar. É possível exercer o poder de cidadania, através de um voto consciente, com a campanha que tivemos? O horário político, os debates e notícias vinculadas nos meios de comunicação, foram suficientes a ponto de esclarecer a população em relação às propostas de governos dos candidatos ao cargo?

A resposta é não! E quem confirma isso não é apenas a blogueira fiasco que escreve agora. A desconfiança se concretizou assim que li a edição da Revista Época, publicada no último dia 25 deste mês, na matéria principal “O Brasil de Serra e o Brasil de Dilma”. Pensei que talvez fosse uma limitação minha em relação ao tema, mas, percebi tratar-se de um cenário geral.

A revista fez um levantamento para responder aos leitores, quem apresentava questões mais viáveis nas áreas de desenvolvimento social e econômico, educação, pré-sal, infraestrutra e descobriram que além, da pancadaria eleitoral, as respostas para essas perguntas só existiam nas promessas pois, até o fechamento da edição, nenhum dos partidos havia divulgado de fato, o programa de governo.

No horário político, destinado para apresentação dos candidatos e seus projetos, o que prevaleceu foram trocas de farpas. Creio que para os telespectadores, assistir o espaço obrigatório, foi maçante e não muito esclarecedor. Utilizando o conhecimento dos profissionais de marketing político, será que já não é hora de propor uma estratégia diferenciada e mais moderna no formato desses programas?

Marina Silva exemplificou essa situação ao declarar em seu Twitter (creio que não é fake), que era melhor descer do ringue e subir no palanque, em referência ao debate ocorrido no último dia 10.

O fato do Presidente Lula não se posicionar com neutralidade, declarar abertamente seu apoio a sua sucessora Dilma e participado de seus comícios, teria sido esse o estopim para se instaurar o clima de disputa/ataque?

Marina após, ter conquistado um resultado surpreendente, 20% dos “votos de opinião” no primeiro turno, e sua decisão em não oferecer apoio a nenhum dos candidatos, teria sido a outra ponto do iceberg da guerra eleitoral? A conquista de seus eleitores é almejada e terá peso de definição na disputa ao pleito.

O ataque de alguns militantes contra Serra, no episódio da bolinha de papel e do rolo de bobina, impedindo a continuidade de sua passeata e fomentando a violência, foi uma selvageria, porém, utilizada como estratégia para favorecer e vitimar o candidato, ao ser explorado ao máximo em sua campanha.

Confesso que para nós eleitores ou para uma grande parcela, falta empenho em participar de forma ativa da vida política do nosso país. É verdade que no Brasil não existe um hábito cultural de se engajar e discutir nas escolas ou mesmo em casa, o que torna o tema complexo para muitas pessoas. Além, disso falta interesse da população. Precisamos repensar a forma de se fazer política para que tenhamos um Brasil mais consciente, um dirigente escolhido com critério e menos pontos de interrogação.

3 comentários:

  1. Concordo com as suas palavras quanto a falta de plano de governo dos candidatos e acredito que o real motivo disso é que de um lado há um que se apoio, tal como uma muleta, nos projetos realizados em suas outras experiências públicos e no seu suposto carisma e do outro há a candidata que tem o apoio do presidente e que representa a continuidade de seu trabalho.

    Agora, peraí....blogueira fiasco? O que você quer dizer com isso? A respeito disso não concordo nem um pouco ainda mais levando-se em consideração a qualidade do seu blog, da sua escrita e até mesmo na idéia de utilizar seu espaço de forma a levantar o debate sobre politica e também dar sua contribuição para a conscientização.

    Grande abraço...
    beijos

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  2. Estas foram as piores eleições dos últimos tempos. Ainda bem que estão chegando ao fim, rs. Abraços.

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  3. Você disse bem Fernanda: "...falta interesse da população."
    Vejo nas redes sociais a pouca participação sobre o tema, como este que você propôs, pois também me posicionei e poucos foram os que opinaram. O que vi nas indicações de notícias foi só deboche, piadinha - querer o quê depois da vitória do Tiririca? Respeito quem não está de acordo com situação ou oposição, e isso poderia ser feito atráves da anulação do voto ou ausência nas urnas (o que também não é solução, mas demonstraria o real descontentamento do povo).
    Eu, particularmente, penso que deve haver uma alternância no comando do país para evitar que um partido tome conta de tudo.
    Concordo com você que é preciso repensar a forma de se fazer política para que se tenha um Brasil mais consciente, e tudo depende da escolha bem feita por parte de nós, eleitores.
    Meu afeutoso abraço,
    Yolanda

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