A partir do dia 25 deste mês, o "Diário de S.Paulo" terá novo layout e conteúdo jornalístico mais informativo e didático. O anúncio foi feito na edição de hoje, 19 de julho.
Comercializado a um preço acessível R$ 1,50 e voltado para um público C e D (opinião pessoal), o jornal em seus 125 anos de história, sempre optou por uma linguagem simples e objetiva, para abranger a fatia de mercado, que tem como foco.
Mas, nem sempre o conteúdo abordado foi linear, houve épocas de queda na variedade e qualidade dos temas.
Jornal...sua função
Levar não apenas informação mas, reflexão e entendimento. Embora na definição do dicionário, as palavras "noticiar e informar" tenha basicamente o mesmo significado, ao meu ver, existe uma diferença bem considerável entre elas.
Noticiar = contar um fato
Informar = esclarecer
Todo produto ou serviço, antes de ser lançado no mercado, tem sua estratégia comercial definida, o "marketing share" (fatia do mercado que pretende abranger), e as mídias impressas também estão inclusas nessa regra. A estatística é eficaz mas, não necessariamente 100%.
Fica difícil afirmar, por exemplo, que a informação oferecida, será absorvida de forma plena ao receptor, mesmo ciente, que ele pertence a determinada classe social. Isso acontece pois, o conhecimento é "infinito", ou seja, não esta atrelado a um nível acadêmico apenas, fatores como "experiências diversas" sejam profissionais ou pessoais, interfere diretamente no grau de compreensão de cada indivíduo.
Voltando ao Diário de S. Paulo
Não só o conteúdo sofre modificações, o layout e o formato também. As páginas terão cores, o que é importante para chamar, em um primeiro momento, a atenção do leitor. Recursos gráficos como ilustrações (permite visualizar o fato), valorização da fotografia (a imagem é o complemento da notícia e se bem escolhida, traduz muitas informações), além, de eliminar as folhas que ficam soltas, entre uma página e outra, facilitará o manuseio e a leitura.
Resta saber se essas mudanças são tentativas de não ter, assim como o Jornal do Brasil JB que após, 119 anos anunciou neste mês, o fim da versão impressa. Ou uma tendência mercadológica?
Nossa..com essa onda de modernidade, difícil a notícia impressa resistir ...o acesso a internet já está muito facilitado, a notícia chega em tempo real ,é uma loucura !!
ResponderExcluirClaro que os grandes jornais ainda resistirão por um bom tempo, existem muito leitores ainda, mas quanto tempo eu já não sei, só sei que está indo pra na reta final ..não tem mais mudança que possa evoluir um jornal empresso.
Discordando da amiga Ana Cavalcantti sobre um jornal "empresso", afirmo convictamente que ainda há muito espaço para evoluçõs na mídia impressa no mundo inteiro. O jornal se tornará obsoleto em no mínimo uns 15 anos, mas boa parte do mercado, desprovida de inteligência, confunde velocidade de informação com qualidade de informação. Por isso o novo Diário de São Paulo passa à partir de amanhã a ser um jornal pós noticioso e multiclassista.
ResponderExcluirOlá Ana e Lucas,
ResponderExcluirObrigada pelos comentários!
Particularmente sempre gostei do Diário de S.Paulo (antes adquiríamos exemplares em bancas, agora optamos pela assinatura) e creio que essa nova versão o tornará mais atrativo.
Fernanda
Vamos ver como o Diário vai se viabilizar com essa mudança. A imprensa paulista está passando por essas transformações gráficas. o Estado, a Folha e agora o Diário. Infelizmente, no caso do Diário, me parece, tal qual ocorrer com o JB, uma tentativa agoniada de postergar o triste fim.
ResponderExcluirBjs Fê
Olá Reinaldo,
ResponderExcluirAcompanho o Diário há muitos anos e gostei do novo formato e conteúdo.
O jornal conseguiu atingir as mudanças que foram anunciadas. As matérias estão bem explicativas e o preço mais acessível R$ 1,00.
Não creio que seja uma tentativa de postergar, e sim alavancar as vendas e a abrangência da mídia.
Valeu pelo comentário!
Bjs, Fê