sábado, 29 de janeiro de 2011

Eu li e indico..."A Outra - a amante do homem casado"


A “outra” também conhecida como “amante”, não tem identidade própria. Um vocabulário com os mais variados pejorativos (vaca, galinha, prostituta, destruidora de lares), é utilizado em referência a elas, que são as vilãs de relacionamentos sólidos e formais. A maioria vive na clandestinidade, pois, não podem aparecer publicamente nem participar de uma vida social junto aos seus parceiros.

Quem são essas personagens? Em seu livro “A Outra – a amante do homem casado”, a autora Miriam Goldenberg, também antropóloga e socióloga, traça um perfil psicológico após, uma pesquisa com oito mulheres, que tiveram experiências passageiras ou ainda vivem longos relacionamentos ocultos.

O objetivo da obra, livre de pré-julgamentos, em nenhuma passagem tenta justificar ou vitimizar a posição dessas mulheres e sim entrar em seu universo e entender o que sentem, esperam, almejam e como a família se comporta diante dessas uniões, livres de qualquer tipo de garantia e reconhecimento.

Os relatos nem sempre fiéis, em muitos momentos contraditórios, mostram mulheres que estão longe se serem alienadas, a maioria bem colocadas no mercado de trabalho, independentes financeiramente, decididas e que estão envolvidas com homens casados apenas pelo sentimento que nutrem a eles e não pela segurança material, já que esses envolvimentos não lhe oferecem nenhuma recompensa.

As entrevistadas pertencem a faixas etárias diferenciadas e percebe-se claramente que as muito jovens encaram como uma aventura, sendo mais fácil se desvencilharem do compromisso a qualquer momento. Não desejam permanecer numa relação, sem muito futuro, para o resto da vida.

O outro grupo nutre a ilusão de que seus parceiros, em algum momento, irão desistir de seus casamentos e formar uma família com elas.

Já as que se encontram em idade madura, cujos relacionamentos extraconjugais estão consolidados, não há nenhum rastro de esperança. O “anos” como amante apagou qualquer tipo de expectativa. Apenas se contentam em ter um parceiro estável, porém, esporádico.

É comprovado que existem mais mulheres do que homens, além, disso a expectativa de vida deles é menor. A mulher que chega solteira na faixa dos 40 anos tem mais dificuldade em encontrar um amor e formar uma família nos moldes tradicionais, já que eles podem e hoje em dia optam, pelas mais jovens. 
Portanto, ser a “outra” neste caso, funciona para preencher uma lacuna sentimental.

Para suprir essas carências, se contentam em ser coadjuvantes em papéis secundários, tendo ao seu lado um “meio homem”, é perceptível que todas se apóiam no quesito “sexo” acreditando que são elas as responsáveis em proporcionar na cama, prazer e satisfação.

Já eles nem sempre demonstram descontentamento em relação as suas verdadeiras esposas, alguns reclamam do desgaste natural que ocorre entre casais, ou atribuem aos filhos a falta de coragem de romperem com seus casamentos mas, deixar um “fio de esperança” de que um dia talvez isso venha a acontecer é muito comum, afinal é uma forma de fomentar uma ilusão. Poucos são os que assumem que a bigamia é por opção.

Dentro da categoria “amante”, existem aquelas que só se relacionam com homens comprometidos, algumas por interesse financeiro. Neste caso, não se vêem obrigadas ao cumprimento de obrigações rotineiras, que envolve desde a resolução de problemas até tarefas domésticas, neste caso apenas administram e absorvem o lado bom da intimidade, que se resume a uma convivência curta, poucas horas e apenas alguns dias da semana, mas, com qualidade garantida de ter um homem que chega com excelente humor, te leva para a diversão, te presenteia e lhe oferece sexo de qualidade.

Vale à pena conferir “A Outra – a amante do homem casado”...eu li e indico!